quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O FUTURO DO INCRA

COMO TODOS SABEM QUE NO INCRA EXISTEM DUAS CATEGORIAS, MAIS NO MOMENTO DE LUTA, ESTAS DESAVENÇAS DESAPARECEM MAIS DISPONIBILIZAREMOS UM TEXTO CONSTRUIDO PELO COMPANHEIRO JORGE NO SITE FOCABRASIL.COM.BR NO DIA 21.02.2011.
O FUTURO DO INCRA


21∕02∕2011

A rádio corredor dá conta que depois do carnaval o INCRA acabará. Há um alvoroço danado e muita inquietação. As pessoas mesmo com anos de dedicação ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) ainda temem pelo pior.

É de se esperar tal reação, principalmente daqueles que foram demitidos (550) ou colocados em disponibilidade (2.605) em 1990, através do Decreto nº 99.334/90 e da Portaria MA 227/90, com redução de 40% da força de trabalho do INCRA.

Agora o que não é de se esperar é que gestores petistas tenham a insanidade de propor ao Ministro do MDA ou à Presidente Dilma tamanha sandice.

O INCRA com a Missão de implementar a política de reforma agrária e realizar o ordenamento fundiário nacional, contribuindo para o desenvolvimento rural sustentável, sempre contrariou o interesse de poucos, principalmente os ruralistas, latifundiários e lobistas do ramo.

Os bravos e experientes servidores do INCRA, que sempre estiveram nesse fogo cruzado de interesses, resistiram a tantos governos e conseguiram sobreviver até aqui, sempre acreditando que um governo de esquerda fortaleceria a Autarquia e faria uma verdadeira Reforma Agrária.

Com a ascensão do Governo Lula, em 2003, implanta-se o II Plano Nacional de Reforma Agrária, aumentam os recursos do INCRA. Em 2004, houve autorização para criação de 4.500 cargos efetivos para provimento gradual, restabelecendo a força de trabalho do INCRA.

Os movimentos sociais ganham espaço e poder no âmbito do Programa de Reforma Agrária, implantando inclusive um novo termo no nosso dia-a-dia, o empoderamento.

Nos últimos oito anos o INCRA investiu um total de R$ 6,4 bilhões em créditos para que os assentados da reforma agrária pudessem desenvolver suas atividades produtivas. Os recursos passaram de R$ 191 milhões em 2003 para R$ 881 milhões em 2010, um aumento de 360%. Os créditos se destinam ao fomento da produção para gerar trabalho e renda, além de viabilizarem a construção e reforma de moradias.

O crédito e a assessoria técnica e social e a articulação com as demais políticas públicas, em especial a educação, saúde, cultura e esportes, contribuem para o cumprimento das legislações ambiental e trabalhista e para a promoção da paz no campo.

A pesquisa de Avaliação da Qualidade dos Assentamentos, Produção e Renda, realizada no decorrer do ano de 2010 ante ao conjunto de assentamentos da reforma agrária de todo o país, aponta para a melhoria na qualidade de vida dos assentados em todas as unidades da federação notadamente aos aspectos socioeconômicos, institucionais, ambientais, dentre outros. Mais de 614 mil famílias incorporadas ao meio rural nos últimos 08 anos, com dignidade e progresso.

A dedução a que a rádio corredor chegou é que alguém muito frustrado em não ter conseguido êxito em ser indicado para o cargo de Presidente do INCRA, passou a se ocupar com tentativas de influenciar um Ministro recém-chegado a criar algum programa novo apenas para atender ao seu egocentrismo e sede de poder.

Com o quadro acima a Reforma Agrária não precisa de inovação alguma que desestruture ou diminua o INCRA. Estamos a necessitar de gestores competentes e compromissados com milhões de brasileiros à espera de politicas que venham mudar sua dura realidade de vida. E isso o INCRA já faz muito bem.

Nos últimos anos, o INCRA incorporou entre suas prioridades a implantação de um modelo de assentamento com a concepção de desenvolvimento territorial. Outra tarefa importante no trabalho da autarquia é o equacionamento do passivo ambiental existente, a recuperação da infraestrutura e o desenvolvimento sustentável dos mais de oito mil assentamentos existentes no País.

O Ministro não pode ficar a mercê de um ou mais gestores que não conseguem atingir os seus objetivos pessoais em detrimento da agricultura familiar que está sendo implementada pelo MDA∕INCRA.

A expectativa do INCRA com a criação do MDA era ter uma representação definitiva, depois de tantos anos sendo alvo de críticas vindas de todo lado. O MDA, mesmo estruturado com suas politicas, ainda vive com a vaidade dos cargos de alguns Secretários que almejam ter mais poder do que já tem retirando do INCRA as suas funções.

Um gestor competente potencializa o MDA somando com as ações do INCRA, e não buscando sempre através de uma queda de braço improfícua, que só divide ao invés de somar. Lamentavelmente, somos carentes de gestores com essa visão de unidade em prol de um objetivo comum – o fim da pobreza no campo.

A Presidente Dilma assume seu mandato com o compromisso de combater a pobreza extrema. Se ela quer realmente atingir esse objetivo, o INCRA é um dos Órgãos da esfera federal mais completo e preparado para essa missão. Sabe o que faz e sabe fazer.

Se o Ministro for conhecedor dos 40 anos de história do INCRA, antes de deixar-se levar por propostas mirabolantes e irresponsáveis, poderá fazer muito pelos mais desassistidos com a desconcentração e democratização da estrutura fundiária; a produção de alimentos básicos; a geração de ocupação e renda; o combate à fome e à miséria; a diversificação do comércio e dos serviços no meio rural; a interiorização dos serviços públicos básicos; a redução da migração campo-cidade e a promoção da Cidadania e da Justiça Social.

Se o Ministro quiser atender algum frustrado ou incompetente com a possibilidade de acabar com o INCRA, ou reduzir suas atribuições, estará reabrindo um debate politico e ideológico já superado, requentando a velha marmita azeda que a esquerda supunha já ter sido jogada aos porcos.

É um desserviço à Nação.

O INCRA, em sua maioria, assim como o trabalhador do campo, são PT e só exigem desses gestores da DS que tenham Decência Social.

Se isso não acontecer, não tenham dúvida: nós vamos à luta. Nós também temos experiência de sobra nessa área, afinal já lutamos várias vezes e conseguimos o restabelecimento do INCRA através do Legislativo e do apoio da sociedade brasileira.

Querem ação, então indiquem um novo Presidente para a Autarquia, ou confirmem o atual para acabar com a paralisia e expectativa que tomam conta do INCRA.

Jorge Furtado
Eng. Agrônomo do INCRA

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO VOLTA Á TRAZ

O MINISTÉRIO QUE TÊM MENOS DE CINQUENTA SERVIDORES MAIS TEM BASTANTE DAS E QUE NÃO SABE PARA QUE VEIO MESMO; TERIA DE SE ATER A REALIZAR AS POLÍTICAS DA REFORMA AGRÁRIA E NÃO DE ESTAR SEMPRE QUERENDO ATINGIR E RERTIRAR AS ATIVIDADES DO INCRA, ESTE SIM QUE TEM SUAS ATIVIDADES PROPOSTAS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, MAIS FICA CIANDO CELEUMA E TIRAR AS ATIVIDADES DO INCRA, MAIS SE FOSSE PARA EXECUTALAS, MAIS PARA DISTRIBUIR COM UM BANDO DE OSCIPs DE PLANTÃO, POR OUTRO LADO A DESPUTA DE PODER DENTRO DO GOVERNO, ESTE TENDE A FACILITAR AO CAPITAL EXPECULATIVO A AGRESSÃO DESSES GRUPOS EM NO LUGAR DE DIMINUIR A MISÉRIA, ESTES SÃO AMPLAMENTES DIFUNDIDAS, E PARA QUE VEIO ESTE MINITÉRIO? NO OBJETIVO DE ATENDER A QUEM? SERÁ MESMO A POPULAÇÃO BRASILEIRA MAIS CARENTE? A SEGUIR DISPONIBILIZAREMOS UM RELATÓRIO DA CONDSEF SOBRE A REUNIÇÃO COM MDA, MAIS O CHEFE DA PASTA SÓ FINAL QUE PARTICIPOU.

Nesta segunda-feira a Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal), CNASI (Confederação Nacional dos Servidores do Incra) e Assenda (Associação dos servidores do Ministério do Desenvolvimento Agrário) foram recebidas em reunião pelo ministro da pasta, Afonso Bandeira, o presidente do Incra, Rolf Hackbart e gestores do MDA. Condsef e CNASI cobraram explicações sobre matérias recém divulgadas de uma possível divisão no ministério. As entidades questionaram se há uma política definida para reforma agrária e ordenamento fundiário. A intervenção dos gestores deixou claro que não haverá divisão no Incra, tampouco sua extinção. O ministro, que participou apenas de uma parte da reunião, disse que vai reforçar a interlocução com entidades sindicais e movimentos sociais. Para entender melhor as demandas e reivindicações da categoria o ministro confirmou nova reunião com a Condsef e CNASI para esta quinta-feira, 24. A Assenda será recebida em outra data.

A Condsef espera que o ministro busque a participação dos trabalhadores na construção de projetos capazes de fortalecer o Incra. A entidade quer propor uma agenda que discuta entre outros temas a valorização dos servidores, capacitação, questões funcionais, abertura de concursos públicos que permita o funcionamento adequado do Incra e MDA. Bandeira informou que ainda não havia recebido as entidades devido ao período de transição por que passava o MDA. Mas agora reforçou que espera que o diálogo sirva para consolidar propostas conjuntas que possam fortalecer a missão do ministério. A expectativa é que a abertura permanente de diálogo sirva para consolidar propostas e projetos que beneficiem servidores, o ministério e a população.

Erradicar a pobreza extrema – Na reunião os gestores falaram sobre as intenções do governo em definir políticas que busquem a erradicação da pobreza extrema no País. Reforma agrária e ordenamento fundiário fazem parte dessa política, além da regularização fundiária e fomento de segurança alimentar. Para consolidar esse projeto serão necessários instrumentos eficazes que busquem incluir cerca de 600 mil famílias espelhadas pelo Brasil ainda invisíveis às políticas públicas. Para efetivar essas propostas, que também são promessas de campanha da presidente Dilma, MDA e Incra terão papel fundamental na implantação dessas políticas.

A Condsef espera que na nova audiência que acontece com o ministro nesta quinta surjam possibilidades reais de avanço em propostas essenciais para atingir os objetivos levantados pelo próprio governo. A categoria deve permanecer atenta.
Fonte : CONDSEF

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

INCRA E A SEGUNDA EXTINÇÃO

SEGUNDO NOSSO COLEGA GEOVANE DO AMAPÁ, QUE ESTÁ EM BRASÍLIA PARTICIPANDO DAS ATIVIDADES DE LANÇAMENTO DE NOSSA CAMPANHA SALARIAL PROMOVIDA PELA CONDSEF, EM REUNIÃO COM PRESIDENTE ROLF ANUNCIOU A EXTINÇÃO DO INCRA, QUE BUSCANDO MAIS INFORMAÇÕES É UMA REESTRUTURAÇÃO DO ÓRGÃO QUE NÃO É MUITO BOA PARA A POLITICA DA REFORMA AGRÁRIA QUE VAI PARA O RALO, MAIS ESTAMOS EM ALERTA E BUSCANDO MAIORES INFORMAÇÕES PARA PRESTAMOS AOS NOSSOS ASOCIADOS E A SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA, ABAIXO DISPONIBILIZAMOS A INTEGRA O EMAIL RECEBIDO DO GEOVANE EM SEU DESABAFO, E TANTO A CNASI, CONDSEF, SINDSEPs E MOVIMENTOS SOCIAIS ESTÃO ANTENADOS, EM PERNAMBUCO O SINDSEP-PE, CNASI-NE, E ASSINCRA-PE E SERVIDORES DO ÓRGÃO, ESTAREMOS FAZENDO NA SEGUNDA-FEIRA ÁS 9HS UMA MOVIMENTAÇÃO NA FRESTE DA INSTITUIÇÃO PARA PRESTAMOS MAIORES INFORMAÇÕES QUE A CNASI E CONDSEF DISPONIBILIZAÇÃO PARA TODOS BEM COMO ESTAMOS FAZENDO UMA AGENDA COM OS MOVIMENTOS SOCIAIS PARA A PROXIMA SEMANA VISANDO A ORGANIZAÇÃO DO MOVIMENTO DE LUTA PELA POLÍTICA DE REFORMA AGRÁRIA NO BRASIL QUE ESTA EM FASE DE ABANDONO OU DE INANIÇÃO, E LEMBRAMOS QUE ESTA POLÍTICA É O MAIOR MOVIMENTO DE CIDADANIA EXISTENTE NESTE PAIS.

email do Geovane:
No decorrer do período de mobilização da Condsef, marcado inicialmente por um ato público com uma passeata dos servidores públicos federais de vários estados pela esplanada dos ministérios, em Brasília, os servidores do INCRA reuniram-se nas tardes de ontem, dia 16, e de hoje, 17. Aproveitando a presença desses servidores de diferentes regiões, o objetivo era socializar as preocupações que rodam sobre o futuro do INCRA.


Já era sabido que não só está indefinida a futura presidência da autarquia, com a ?dança das cadeiras? (e por conseguinte, as superintendências regionais), mas também a nova configuração do próprio Instituto. Refletindo sobre estas questões, os servidores presentes, sob o comando da CNASI, em reunião colegiada, decidiu imediatamente reunir com a ainda atual presidência do INCRA.

Ato contínuo, todos subimos ao gabinete e fomos recebidos pelo presidente. As notícias não só são pouco animadores como são desesperadoras, o que nos leva a resumir, em poucas palavras, que a cova do INCRA está pronta, faltando apenas o ato fúnebre. O pior é que não vão esperá-lo morrer: o enterrarão vivo!!!

Apurou-se que o INCRA não está inserido dentro do novo pacote de ações do governo para a execução do Programa Nacional de Combate a Pobreza Extrema (ou PAC 3). A idéia é reduzir o tamanho do órgão e deixar sob sua competência apenas a regularização fundiária (leia-se, Terra Legal). Todas as outras ações seriam fragmentadas sob o guarda-chuva do Ministério do Desenvolvimento Social ? MDS, exceto a Reforma Agrária, que seria simplesmente retirada das ações do governo.

Seguindo o raciocínio, os servidores da casa, juntamente com suas atribuições, seriam realocados (ou redistribuídos) para atender esse novo panorama institucional. A hipótese mais provável dos ?desterrados? seria a CONAB. Esta sim seria turbinada com novas atribuições e servidores oriundos do INCRA. A previsão do governo é que tudo isso se concretize até o Carnaval, ou seja, no começo do próximo mês.

Tão incerto quanto essas previsões é a carreira dos servidores. Mas o que há de concreto é que antes que quaisquer previsões sombrias se confirmem, a CNASI decidiu promover ações e debates unificados, acreditando que o fim da autarquia representaria um retrocesso não só para as pretenções dos servidores no que se refere a uma carreira sólida e digna, mas às conquistas dos assentados, dos trabalhadores rurais e da sociedade en geral.

A gravidade da questão se apresenta tão acentuada que o próprio presidente do INCRA marcou com os servidores, liderados pela CNASI, nova reunião para a manhã desta sexta-feira, 18, a fim de esclarecer com mais detalhes a situação periclitante que atinge a todos nós.

Aos servidores que acreditam na força da mobilização, dizemos que esta é nossa única saída. Mas desta vez a causa maior transcende a simples campanha salarial. Está em jogo a sobrevivência da instituição, que nos garantirá a continuação da luta por uma carreira decente.
Geovane Grangeiro
Analista Administrativo
INCRA - SR-21/AP