Após 20 anos de fundação da CONDSEF, e há dez anos do Século XXI, o formato do congresso da CONDSEF não mudou em nada. Hoje a confederação é filiada a Internacional do Serviço Público – ISP e a Organização Internacional do Trabalho – OIT ao Departamento Intersindical de Assessoramento – DIEESE e a outras entidades nacionais.
O Congresso, como determina o Estatuto da Confederação, deve ser realizado de 3 em 3 anos. Nos dias atuais se faz necessário discutir os novos paradigmas que estão norteando a sociedade no Século XXI, no campo da biocivilidade, eco-humanidade, neo-sexualismos, multiatitudes, mundo pós ideológico conectado em rede online. Afora as questões específicas da categoria.
Estamos vivendo na sociedade do conhecimento. Um congresso da CONDSEF, a maior confederação de servidores públicos da América do Sul, deveria ter palestrantes, debatedores, painelistas que estivessem pensando um novo mundo, no campo do serviço público, da política, do comportamento, do meio ambiente, e da mídia integrada.
A perspectiva do novo governo não foi ponto de pauta do Congresso. A presidenta Dilma Russef não é uma pessoa obscura para nós servidores federal. Quando eleita, em sua primeira entrevista ao povo brasileiro, referiu-se a meritrocacia no serviço público.
Não vamos esquecer que nossa sociedade foi fundada sobre bases patrimonialista e corporativista. Sempre defendemos a competência e a capacidade como maneira de ascensão do servidor, no serviço público federal. Infelizmente no Brasil, o serviço público não é profissionalizado. Toda culpa da má prestação de serviço à população sempre recai “nas costas do servidor”.
Quem já participou dos congressos nacionais da Central Única dos Trabalhadores – CUT, que é referencia do movimento sindical, viveu e sentiu sua organização no tocante a transporte, hospedagem e alimentação. Quem cuida desses itens é a equipe encarregada pela organização do evento e não diretores da entidade como aconteceram no X CONCONDSEF, responsáveis por encaminhamentos políticos e de direitos.
Infelizmente não foi a primeira vez que adoeceram centenas de pessoas num congresso da CONDSEF. Precisamos aprender com nossos erros, em plena era dos revolucionários cibernéticos on-line.Um bufê padrão em Brasília, custa em média R$ 30,00 por refeição.
Por outro lado, se a base da confederação é composta por aproximadamente 56% de aposentados e pensionistas, requer um tratamento diferenciado seja na temática, na organização e na logística. Se construirmos e somos defensores do Estatuto dos Idosos, temos obrigação de colocá-lo em prática.
José Ribeiro da Silva
Delegado do Sindsep-PE e fundador da CONDSEF
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